a pacata vila costeira de Kilifi, no Quénia, é terra de antigas tradições. Quase totalmente islamizada, mantém antigos hábitos tribais relativos ao mau olhado e a feitiços de toda a espécie
a pacata vila costeira de Kilifi, no Quénia, é terra de antigas tradições. Quase totalmente islamizada, mantém antigos hábitos tribais relativos ao mau olhado e a feitiços de toda a espécieNo início de Janeiro Kilifi foi alvo de uma pequena e sensacional notícia relativa a 2006. O chefe da polícia local Shariff abdullah revelou que mais de 140 pessoas tinham sido mortas no distrito, durante o ano, muitas delas pelos próprios familiares. a razão de todas estas execuções sumárias foi uma e só uma, simples e sem apelo: bruxaria.
Por detrás de tais assassínios, que se repetem um bocadinho por todo o país, estão muitas vezes interesses camuflados. Podem ser casos como um casamento com o qual os velhos pais não concordam ou uma propriedade de que eles não abdicam ou simplesmente o desejo mesquinho de alguém que se quer ver livre de uma presença incómoda. Levanta-se a suspeita de bruxedo e procede-se a um homicídio. No fundo o que está em causa é o pouco valor atribuído a uma vida humana.
Jesus pronunciou-se severamente contra este tipo de comportamento. afirmou que não se pode esvaziar a palavra de Deus, substituindo-a com tradições ou conveniências humanas (cfr. Mc 7:13). Sem querer ser bruxo, vem-me espontâneo pensar na velha Europa, onde tanta e tão boa gente se afana na busca de substitutos para a palavra de Deus e para as propostas que Cristo veio trazer. Um fatalismo subtil e bem pouco cristão parece estar na moda. Será que vamos a caminho de soluções à moda de Kilifi?