Dois milhões de pessoas deslocadas na região sudanesa, fustigada por combates há mais de três anos
Dois milhões de pessoas deslocadas na região sudanesa, fustigada por combates há mais de três anosO alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (aCNUR) veio pedir uma ajuda suplementar de 19,7 milhões de dólares (cerca de 15,2 milhões de euros) para fazer face às necessidades de dois milhões de sudaneses e chadianos deslocados e refugiados na parte ocidental do Darfur, a região sudanesa fustigada por combates entre tropas governamentais e movimentos rebeldes e ataques regulares de milícias árabes a tribos africanas.
Segundo a porta-voz do aCNUR, Jennifer Pagonis, a protecção e segurança [destas pessoas] continuam a ser as principais preocupações de deslocados e refugiados no Darfur. Pagonis deu conta que cerca de 20 mil pessoas fugiram a combates no vizinho Chade. Os desafios prementes são a deslocação que continua e a ocupação de aldeias.
Para os responsáveis pelos refugiados deste organismo das Nações Unidas, cujo alto comissário é o português antónio Guterres, será dada particular atenção a violência sexual e de género, considerando os dados que apontam para uma elevada violência deste tipo entre a população deslocada. as vítimas requerem cuidados e apoio médico e psicológico, acrescentou a porta-voz.
Outros 230 mil refugiados do Darfur entraram no Chade, que faz fronteira com a região sudanesa. O conflito já fez pelo menos 200 mil mortos, em mais de três de duração.