“Há 1001 razões que um problema como a da liberalização envolve”
“Há 1001 razões que um problema como a da liberalização envolve”De entre os problemas acessórios só há uma coisa importante: o valor que a vida humana deve ocupar na nossa sociedade , afirmou o psiquiatra Carlos Ramalheira.
Durante o colóquio Liberalização a pedido? que decorreu em Leiria, numa iniciativa da Comissão diocesana Justiça e Paz, o médico de Coimbra defendeu ainda o aborto faz sempre duas vítimas: mata um ser humano (feto) e fere de morte outro (mulher) .
O especialista alertou ainda para as consequências, a longo prazo, da liberalização do aborto: os números de Espanha apontam para a realização de 90 mil interrupções da gravidez, por ano.
Ramalheira salientou que esta é uma questão inquinada porque há razões meramente ideológicas que nada têm a ver com o problema condenando a contaminação ideológica que atraiçoa o que as pessoas defendem.
O aborto – acrescentou – é anti-natural, ultrapassa o que são os justos limites da liberdade, não é questão de mera consciência individual.
O médico apontou ainda que não há um trauma pós-aborto, mas muitose reforçou a ideia do negócio que envolve a prática abortista. a comprovar, estão os milhões de euros de lucro das 117 clínicas da indústria do aborto em Espanha, referiu.
O ex-presidente do Parlamento defendeu que a vida humana é inviolável em qualquer momento da sua evolução natural, incluindo o período intra-uterino , razão pela qual não proteger a vida por meios jurídicos será afastar a sociedade da civilização e da cultura .
Barbosa de Melo assinalou o sinal de decrepitude da sociedade dado pela cultura da morte para o homem evidenciada pela defesa da liberalização do aborto. E referiu que o voto no Sim é também a legalização das profissões ligadas a esta prática. há muitos interesses, salientou
Que sociedade é esta que com a morte de bebés possa haver negócio?, a questão foi deixada pelo defensor do Não e militante socialista. Não é interrupção voluntária da gravidez, pois só se pode dizer que se interrompe uma coisa a que se pode voltar. É eliminação, referiu
Cláudio anaia manifestou-se contra a existência do referendo e condenou a postura do governo: Estamos a fechar maternidades e a financiar clínicas abortistas. Para este jovem, os dez milhões de euros que o referendo vai custar deveriam ser distribuídos por associações que trabalham e dão apoio à vida.
ana Ramalheira, a participar no debate como cidadã, defendeu que o aborto livre é é profundamente ofensivo para a dignidade da mulher e que se a liberalização acontecer a mulher fica mais vulnerável à coação do companheiro, patrões.
Mais, a interrupção não é solução para nenhum problema. Cria enorme problema do qual mulheres nunca se separam.
O que tem o estado para oferecer às mulheres? questionou para logo responder: Um chorudo negócio de morte, de 20 milhões de euros. Para a co-fundadora da aDaV Coimbra – associação de Defesa da Vida que em 2006 atendeu 1553 mulheres grávidas para apoio, a liberalização é apenas a face mais visível de uma cultura de morte, hedonista e decadente .
O colóquio foi encerrado pelo bispo de Leiria-Fátima, antónio Marto, para quem a liberalização do aborto não é caminho de civilização, nem de progresso, nem de futuro. Será um retrocesso .