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Para que se conheçam as bases onde assentam as raízes dos ODS, há que olhar para a história e compreender, em primeiro lugar, os Objetivos de Desenvolvimento do Milénio (ODM). Tudo teve início depois da guerra fria, altura em que a Organização das Nações Unidas (ONU) dinamizou uma série de conferências sobre temas sociais, como direitos humanos, nutrição infantil e direitos das mulheres.

Justiça social é imprescindível
Na “Declaração de Copenhaga sobre o Desenvolvimento Social”, emitida em 1995, os líderes afirmavam – “Compartilhamos a convicção de que o desenvolvimento social e a justiça social são indispensáveis para a consecução e a manutenção da paz”. Contudo, apesar das boas intenções, pouco se fez e, em 1996, a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico publicou o relatório “Dar forma ao séc. XXI”, onde se resumiram os compromissos da “Declaração de Copenhaga” em seis Objetivos Internacionais de Desenvolvimento.

Olhar para o futuro
No ano seguinte, a Organização das Nações Unidas agendou uma assembleia especial sobre o novo milénio e pediu-se ao seu secretário–geral para apresentar um número de tópicos relevantes para o futuro, não só da organização, mas também do mundo. Em abril de 2000, já no novo milénio, Kofi Annan apresenta o relatório “Nós as pessoas: o papel da ONU no século XXI”. Em setembro do mesmo ano é promulgada a “Declaração do milénio”, que junta os vários temas debatidos desde Copenhaga.

Definir objetivos
Em 2002 resumiu-se a “Declaração do milénio” em oito objetivos, que ficaram conhecidos como os oito Objetivos de Desenvolvimento do Milénio, a atingir até 2015. São eles – erradicar a pobreza extrema
e a fome, alcançar o ensino primário universal, promover a igualdade de género e a capacitação das mulheres, reduzir a mortalidade infantil, melhorar a saúde materna, combater o HIV/SIDA, a malária e outras doenças, garantir a sustentabilidade ambiental, e criar uma parceria mundial para o desenvolvimento. São estas as bases onde assentam as raízes dos 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável.

Texto: AdGentes – Associação Leigos Missionários da Consolata