“assistimos à banalização crescente do aborto que provoca a morte silenciosa de um ser humano silencioso, indefeso e inocente”, afirmou o bispo de Leiria-Fátima
“assistimos à banalização crescente do aborto que provoca a morte silenciosa de um ser humano silencioso, indefeso e inocente”, afirmou o bispo de Leiria-FátimaPorquê esta desvalorização da vida humana nascente, na escala de valores? Como foi possível à nossa cultura, que tanto se reclama de humanista, pôr a liberdade humana contra a vida humana? Porquê esta distinção discriminatória entre os seres humanos nascidos e os nascituros em gestação? Porque não paramos em contemplação e reflexão sobre o momento luminoso do início da vida humana que hoje as novas técnicas põem diante dos nossos olhos? Porquê o contraste impressionante entre o grande interesse pela ecologia da natureza e o pouco interesse pela ecologia da vida do ser humano em embrião?. Estas foram algumas das interrogações lançadas pelo presidente da peregrinação de 13 de Janeiro, em Fátima.
a menos de um mês do referendo, o bispo de Leiria-Fátima referiu-se ao aborto, na homilia para assinalar que este é sintoma de um mal-estar mais profundo de cultura e de civilização, da própria sociedade. a visão da vida humana é entendida como mero produto ou material biológico aliada a uma visão pragmático-utilitarista que remete por completo a sensibilidade moral para as fronteiras dos custos, do bem-estar, do conforto, condenou.
Ciente que a decisão de interromper a gravidez é fruto de grandes sofrimentos e angústias (sem excluir as pressões), é um verdadeiro drama para muitas mulheres.
Mas optar por destruir uma vida humana que desabrocha é sacrificar o elo mais fraco em todo este processo. a resposta verdadeiramente humana e humanista a este drama é um projecto solidário e galvanizador de todos os recursos da sociedade civil e do Estado, para oferecer todo o cuidado, acolhimento e protecção de ordem social, económica e psicológica tanto ao filho em gestação como à mãe que o gera. Não podemos considerar um sem o outro; e muito menos pôr um contra o outro.