Sacerdote francês criou grupo que promovia investigação convergente entre pensadores cristãos e muçulmanos
Sacerdote francês criou grupo que promovia investigação convergente entre pensadores cristãos e muçulmanosO Grupo Francês de Investigação Islamo-Cristã (GRIC, na sigla francesa) anunciou a morte na quarta-feira, no hospital de Grasse (Provence), de Robert Caspar, especialista do islão, um dos co-fundadores do grupo e membro da Sociedade dos Missionários de África, também chamada dos Padres Brancos. O seu funeral tem hoje lugar na capela dos Padres Brancos em Tassy, Tourettes, na região dos alpes-Maritimes.
O seu longo percurso religioso (morreu aos 84 anos) é marcado pela idealização e fundação do GRIC, em 1975, cuja ideia original era instituir um grupo onde pensadores cristãos e muçulmanos pudessem ensaiar um diálogo não para defender cada uma das suas posições respectivas, mas para empreender uma investigação convergente servindo-se dos mesmos instrumentos Círculo e numa perspectiva de fidelidade crente, explica o GRIC.
Ordenado sacerdote em 1951 na Sociedade dos Missionários de África e colocado na Tunísia, estudou árabe e o islão no Instituto de Belas Letras Árabes de Tunis, seguido de teologia católica em Roma. Especializou-se mais tarde no estudo comparado das duas religiões durante uma estadia no Cairo, Egipto, de 1955 a 1958. Iniciou depois uma longa carreira de professor no Instituto de Estudos Árabes de Manouba (Tunísia), mais tarde Instituto Pontifício de Estudos Árabes.