O Lisboa-Dakar entrou em solo africano. as emoções do todo o terreno, a aventura de explorar e testar os limites de máquinas e homens em solo árido e deserto.
O Lisboa-Dakar entrou em solo africano. as emoções do todo o terreno, a aventura de explorar e testar os limites de máquinas e homens em solo árido e deserto. Marrocos, Mauritânia, Mali e Senegal estão na rota destes 7915 quilómetros que estão a ser percorridos ao longo de 15 dias, pelos pilotos de 260 motos, 187 automóveis e 88 camiões.
Nesta aventura sem fronteiras, como se comportam pilotos perante o dia-a-dia das gentes que ali vivem?
Thierry Sabine, fundador do rali, tinha consciência das difíceis condições de vida em África, da urgência em agir e da importância de que se poderia revestir o rali. No seu espírito, o Paris-Dakar tinha por vocação ser útil para os países que o acolhiam. as acções que foram iniciadas a partir de 1985 continuaram a inspirar os organizadores, e em seguida os concorrentes do rali, que contribuem igualmente para a realização de projectos.
Nos anos 90, a escolha dos organizadores recaiu em acções mais focalizadas. Foram organizados projectos ambiciosos, estendidos por vários anos, na Nigéria, na Mauritânia, no Mali e no Senegal:
– 1991: construção de um dispensário-maternidade no Senegal, na aldeia de Niaga Wolof, próxima do Lago Rose
– 1993: construção de um dispensário-maternidade na Nigéria, na aldeia de Gazamni
– 1997: construção de um colégio na Mauritânia, na aldeia de Zouerat
– 1998: construção de uma escola no Mali, na aldeia de Koudathiou
– 1999: construção de um depósito de água em altura na Mauritânia, na aldeia de akjouj. Iluminação parcial da cidade de agadez (Nigéria)
Desde 2002 que decorrem acções Dakar no âmbito de uma parceria com a SOS Sahel Internacional, France, uma fundação. a preocupação da preservação dos recursos naturais, a melhoria das condições de vida, mais precisamente de higiene, são os eixos principais do programa.
O primeiro plano de acção foi executado na região de Louga, no Senegal. a renovação da parceira, assinada em 2005 por mais um período de três anos, prevê a extensão das acções à Mauritânia, onde estão já em estudo diferentes projectos solicitados por agrupamentos de aldeias.

acções Dakar em números, ao longo dos anos
– 106 projectos
– 271000 pessoas abrangidas
– 600 000 € financiados a 75% pela amaury Sport Organization (entidade organizadora do evento) ao longo de seis anos
Sensibilização – Educação ambiental
– 53 000 pessoas sensibilizadas para as boas práticas ambientais
– 23 emissões radiofónicas
– 2 600 pessoas formadas nas técnicas de gestão dos recursos naturais
Protecção, valorização dos solos e dos recursos florestais
– 2 480 lareiras de melhor construção
– 318 000 plantas produzidas em viveiro
– 129 000 pés plantados
– 31700 novas cepas protegidas graças à regeneração natural assistida
– 210 estrumeiras criadas
– 6 dunas fixadas
– 1023 hectares protegidos para permitirem uma regeneração florestal natural
Protecção sanitária e higiene da água
– 3300 famílias beneficiam da recolha de lixo
– 209 bilhas com torneira (reservatórios de água) postas em serviço
– 90 latrinas e 62 sarjetas construídas
– 7 charcos regularizados
– 24 sistemas de recolhas de lixo apoiados pela entrada em serviço de 53 carroças atreladas
Outros projectos
as equipas participantes sob a insígnia Repsol (Mitsubishi, KTM – Espanha), organizaram o aprovisionamento de medicamentos e de material médico que entregaram a vários hospitais que se encontravam no percurso. O holandês, Frits Hessing, reuniu 150 000 € que servirão para contribuir para o tratamento de mulheres grávidas, tendo por objectivo reduzir o risco de transmissão do vírus da Sida às crianças. Yannick Guyomarch, bombeiro em Paris foi o coordenador de um projecto de equipamento informático para escolas marroquinas e José Manuel Salinero, distribuiu brinquedos a mais de 800 órfãos entre Nouakchott e Dakar.