Stanislaw Wielgus reconhece a sua “falta” e pede aos fiéis e clero que o recebam como “um irmão que quer unir e não dividir”
Stanislaw Wielgus reconhece a sua “falta” e pede aos fiéis e clero que o recebam como “um irmão que quer unir e não dividir”Mea culpa. ao fim de semanas de polémica, com um incómodo cada vez maior para a Igreja polaca, monsenhor Stanislaw Wielgus, novo arcebispo de Varsóvia, que assumiu hoje funções, acabou por reconhecer esta sexta-feira à tarde a sua colaboração com a antiga polícia secreta comunista.
Numa mensagem dirigida aos fiéis, Wielgus, 67 anos, reconheceu a sua falta e remeteu-se à decisão do Papa Bento XVI. Confesso hoje diante de vós este erro que cometi outrora, como já o confessei ao Santo Padre, declarou o arcebispo na mensagem que será lida em todas as igrejas da arquidiocese da capital polaca.
O Vaticano renovou a sua confiança ao sucessor do cardeal Glemp, remetendo os jornalistas para um comunicado publicado a 21 de Dezembro, onde se sublinhava que Bento XVI mantinha toda a confiança no monsenhor Stanislaw Wielgus e que, em plena consciência, lhe confiou a missão de pastor da arquidiocese de Varsóvia.
Stanislaw Wielgus pediu com o coração arrependido ao clero e fiéis da diocese que o recebam como um irmão que quer unir e não dividir, orar e reconciliar as pessoas no seio de uma Igreja de santos e de pecadores.
O cardeal Glemp, que agora se retira aos 77 anos, apesar de manter o título de arcebispo primaz da Polónia, assistiu esta sexta-feira à investidura de Wielgus. Nesta cerimónia fechada ao público, deu a sua bênção ao sucessor, segundo divulgou o chanceler da arquidiocese, padre Grzegorz Kalwarczyk.
Uma comissão de inquérito da Igreja polaca tinha divulgado esta sexta-feira as suas conclusões sobre a polémica que envolvia Stanislaw Wielgus. No documento afirmava-se que o arcebispo tinha colaborado conscientemente com a antiga polícia secreta comunista.