Stanislaw Wielgus é acusado de colaboração consciente com polícia secreta comunista
Stanislaw Wielgus é acusado de colaboração consciente com polícia secreta comunista a Igreja polaca deve enfrentar as suspeitas cada vez mais fortes que pesam no passado de Stanislaw Wielgus, sucessor do cardeal Glemp, como arcebispo de Varsóvia, de ter alegadamente colaborado com a polícia secreta comunista. Documentos do Instituto da Memória Nacional (IPN, na sigla polaca), que gere os serviços especiais da época do poder comunista, não deixam dúvidas sobre as ligações do prelado com estes serviços, segundo excertos divulgados pela imprensa local.
Stanislaw Wielgus, que será oficialmente investido no domingo, continua a protestar a sua inocência e mantém a confiança dos seus pares do episcopado polaco e do Vaticano.
O novo bispo de Varsóvia foi durante mais de 20 anos um colaborador secreto e consciente da polícia secreta comunista, a Segurança do Estado (SB). Os documentos confirmam-no, sublinha esta quinta-feira, a três dias da cerimónia, o diário conservador Rzeczpospolita, citado pela aFP. Segundo o jornal, o prelado de 67 anos foi recrutado pela SB quando era estudante de Filosofia na Universidade Católica de Lublin, em 1967. Outros jornais publicam idênticas informações com base nos mesmos documentos. O arcebispo tem rejeitado as acusações.
Num gesto, considerado sem precedentes pela aFP, o Vaticano emitiu, no passado dia 21 de Dezembro, um comunicado a afirmar que o Papa Bento XVI mantém toda a confiança em Stanislaw Wielgus e, em plena consciência, lhe confiou a missão de pastor da arquidiocese de Varsóvia.