Direcção colegial de mosteiro “profundamente triste” com gestos de aproximação entre hierarquia ortodoxa e Santa Sé
Direcção colegial de mosteiro “profundamente triste” com gestos de aproximação entre hierarquia ortodoxa e Santa Sé a direcção colegial do Monte atos, local considerado o berço da ortodoxia cristã, situado no Noroeste da Grécia, condenou quinta-feira os recentes gestos de aproximação entre a hierarquia ortodoxa e o Vaticano. a visita do Papa Bento XVI à sede em Istambul do patriarcado ecuménico ortodoxo, em Novembro, e a do chefe da Igreja grega à Santa Sé, em Dezembro, lançaram a santa comunidade do Monte atos em profunda tristeza, indica um comunicado da direcção que representa os 20 monges.
Os superiores do mosteiro indignam-se que estas manifestações de amizade aconteçam sem que o papado tenha recuado no seu ensino herético e na sua política. Os monges ortodoxos reafirmam a sua oposição ao primado do bispo de Roma sobre a cristandade, bem como da expansão da Igreja Uniata (de rito oriental, mas que reconhece a autoridade vaticana) na Europa de Leste, um território ortodoxo tradicional.
Mas este alerta dos monges de atos, tradicionalmente antipapistas, na descrição da agência aFP, não colheu a unanimidade entre eles, uma vez que foi aprovado por uma maioria frágil, de acordo com o relato de um alto responsável do mosteiro, a coberto do anonimato, que entende o encontro entre Bento XVI e o patriarca Bartolomeu como muito positivo.
Já em Dezembro, sete monges ficaram feridos durante confrontos pelo controlo do mosteiro onde os ocupantes se opõem aos esforços para melhorar as relações entre a Igreja ortodoxa e o Vaticano.