” a liberalização do aborto, sob a forma encapotada de despenalização, não é a resposta digna e condigna. é uma fuga em frente, para não atacar o problema nas suas raízes”.
” a liberalização do aborto, sob a forma encapotada de despenalização, não é a resposta digna e condigna. é uma fuga em frente, para não atacar o problema nas suas raízes”. Quem não sabe respeitar o outro, nunca saberá o que é a paz. Este respeito não se improvisa. Nasce do profundo do coração e vive dum exercício contínuo, quotidiano: de um estilo de vida que olha os outros com atenção, que não quer servir-se deles mas antes servi-los, para crescer juntos em relações mais verdadeiras e mais humanas, mais dignas para todos. as palavras são do bispo da diocese de Leiria-Fátima durante a celebração do Dia mundial da paz.
O prelado salientou a necessidade de respeitar os direitos de todos sobretudo dos mais necessitados lembrando que toda a ofensa à pessoa é uma ameaça à paz; e toda a ameaça à paz é uma ofensa à verdade da pessoa e de Deus.
Referindo-se à questão do aborto, antónio Marto assinalou a inviolabilidade da vida humana nascente.
Porquê esta desvalorização da vida humana nascente, na escala de valores? Como foi possível à nossa cultura, que se reclama humanista, pôr a liberdade humana contra a vida humana? Porquê esta distinção discriminatória entre os seres humanos nascidos e os nascituros em gestação?, questionou.
Compreendendo que a decisão de abortar é fruto de grandes sofrimentos e angústias (sem excluir as pressões), um verdadeiro drama para muitas mulheres, o bispo diocesano de Leiria-Fátima salientou: a um drama não se responde com outro drama: o de destruir uma vida humana que desabrocha e que é o elo mais fraco em todo este processo.