Com o dia 1 de Janeiro, o Quénia entrou em clima de eleições. anos de campanha eleitoral são normalmente de lutas tribais. Quem sofre são os pobres
Com o dia 1 de Janeiro, o Quénia entrou em clima de eleições. anos de campanha eleitoral são normalmente de lutas tribais. Quem sofre são os pobres2002 foi um ano de grandes esperanças para o Quénia. Tratava-se de afastar do poder o partido KaNU, que governava em semi-ditadura desde a independência em 1963, e o presidente arap Moi.
Nasceu então a frase Kibaki tosha , que quer dizer Kibaki basta . Tornou-se o lema da oposição juntamente com outra frase famosa: Sem Moi tudo é possível .
Cinco anos depois, a temperatura politica de 2007 pode ser medida pela frase que os jornais reproduziam hoje e que já não é: Kibaki tosha, mas sim Kibaki toka . Ou seja Basta com Kibaki .
a oposição tem-se tornado ousada desde quando, há quase dois anos, conseguiu rejeitar, em referendo, uma proposta de nova constituição. Mas uma coisa é o referendo e outra bem diferente são as eleições políticas.
Para já a oposição não consegue decidir quem vai ser o seu candidato a presidente. Quando essa decisão for tomada, é muito possível que a própria oposição se fragmente. Por outro lado, o presidente Kibaki ainda não disse se ia ou não candidatar-se a um segundo mandato, deixando assim todos em suspenso.
O Quénia tem dado grandes passos no sentido da democracia. Quem lê os jornais, pouco mais vê que críticas ao governo e ao presidente. No entanto o povo sabe que muitos progressos têm sido feitos nestes últimos anos especialmente a nível económico.
Estamos em Janeiro e as eleições serão só em fins de Dezembro. Queira Deus e a boa sorte que a temperatura política que já está a aquecer não dê em incandescências, das quais nasçam as lutas tribais com a respectiva caravana de misérias.