Em 2022, o Dia Mundial dos Avós e dos Idosos é celebrado neste domingo, 24 de julho. O Papa Francisco escreveu uma mensagem dedicada à data, intitulada “Dão fruto mesmo na velhice”, onde refere que “envelhecer não é apenas a deterioração natural do corpo ou a passagem inevitável do tempo, mas também o dom de uma vida longa”. “Envelhecer não é uma condenação, mas uma bênção”, sublinha o Papa, fazendo depois referência aos mais recentes acontecimentos.

“O mundo vive um período de dura provação, marcado primeiro pela tempestade inesperada e furiosa da pandemia, depois por uma guerra que fere a paz e o desenvolvimento à escala mundial. Não é por acaso que a guerra tenha voltado à Europa no momento em que está a desaparecer a geração que a viveu no século passado. E estas grandes crises correm o risco de nos tornar insensíveis ao facto de que existem outras ‘epidemias’ e outras formas generalizadas de violência que ameaçam a família humana e a nossa casa comum”, aponta Francisco, deixando depois conselhos para uma vida mais equilibrada e harmoniosa.

“Temos necessidade duma mudança profunda, duma conversão, que desmilitarize os corações, permitindo a cada um reconhecer no outro um irmão. E nós, avós e idosos, temos uma grande responsabilidade: ensinar às mulheres e aos homens do nosso tempo a contemplar os outros com o mesmo olhar compreensivo e terno que temos para com os nossos netos. Aprimoramos a nossa humanidade ao cuidar do próximo e, hoje, podemos ser mestres dum modo de viver pacífico e atento aos mais frágeis. A nossa atitude poderá, talvez, ser confundida com fraqueza ou servilismo, mas serão os mansos – não os agressivos e prevaricadores – que herdarão a terra”, refere o Papa, deixando um apelo aos mais velhos.

“Neste nosso mundo, queridas avós e queridos avôs, queridas idosas e queridos idosos, estamos chamados a ser artífices da revolução da ternura! Façamo-lo aprendendo a usar cada vez mais e melhor o instrumento mais precioso e apropriado que temos para a nossa idade: a oração”, diz o Papa, apelando à superação da solidão. “Procuremos que ninguém viva este dia na solidão”, refere o Papa, acrescentando que a visita aos idosos abandonados “é uma obra de misericórdia do nosso tempo”.