Terminologia Linguí­stica para os Ensinos Básico e Secundário faz dos alunos “cobaias” para validar experiências, denunciam autores de documento
Terminologia Linguí­stica para os Ensinos Básico e Secundário faz dos alunos “cobaias” para validar experiências, denunciam autores de documento a suspensão imediata da implementação da experiência pedagógica TLEBS [Terminologia Linguística para os Ensinos Básico e Secundário] é a principal exigência de uma petição on-line dirigida ao Presidente da República, presidente da assembleia da República, primeiro-ministro e ministra da Educação.
Os signatários, que esta segunda-feira de manhã, se aproximavam dos 1500 subscritores, defendem que esta experiência faz dos alunos cobaias de validação de teorias linguísticas consideradas desajustadas por muitos especialistas em Educação e em Língua e Literatura Portuguesas.
Segundo o texto – disponibilizado na internet por José Manuel Nunes, autor do blogue Os Dedos, que se apresenta como pai de uma criança de dez anos, a frequentar o 5º ano da Escolaridade Obrigatória -, a TLEBS veio propor toda uma nova terminologia para a Gramática Portuguesa, em moldes experimentais.
Nas palavras do promotor, os alunos do 3º, 5º 7º, 9º e 12º anos estão este ano a servir de cobaias ao que o Estado chama de experiência pedagógica TLEBS’. E acrescenta: Estes termos estão à experiência, não estão validados. São conteúdos experimentais. É a sua aplicação aos alunos que irá dizer se são adequados ou não. Para o próximo ano lectivo a TLEBS será alargada a todos os anos lectivos, abarcando todos os alunos do país em idade escolar.
Mas a experiência não tem estado a correr de feição, alertam os subscritores, que citam vários responsáveis envolvidos no projecto que manifestaram publicamente as suas dúvidas, como a professora Maria Helena Mira Mateus, uma das linguistas responsáveis pela TLEBS.
Mesmo o presidente da associação de Professores de Português (que é a favor da experiência), citado pelo documento, não sabe ainda se esta terminologia é a terminologia de que o sistema educativo tem necessidade.
Para além das falhas existentes no processo, como os atrasos na formação de professores ou a avaliação de alunos do 12º ano para uma terminologia com que só agora tomam contacto, os signatários lembram que o esforço de aprendizagem que é exigido aos alunos pode ser inconsequente [porque] o Ministério da Educação já admitiu parar ou rever o processo no final deste ano lectivo.
Face ao caos que se vive no processo, como afirmam, os signatários querem a imediata suspensão da experiência e da legislação que lhe deu origem e a regula.
Texto da petição: https://www.ipetitions.com/petition/contratlebs/tlebs.html