Foto: Francisca Marques

A Fundação Allamano (FA), instituição dos Missionários da Consolata dedicada aos mais frágeis, recebeu o “Prémio Personalidade Intercultural 2021”, na categoria de ajuda humanitária, num evento comemorativo do Dia Internacional da Língua Materna, que contou com a presença de diferentes personalidades públicas, políticas e com reconhecimento social. A fundação esteve presente no encontro a convite da Espaço t – Associação para o Apoio Social e Comunitário e da Comunidade do Bangladesh do Porto, no final de fevereiro.

Depois deste momento, a fundação recebeu no Centro Beato José Allamano, em Águas Santas, algumas visitas que a encheram de orgulho. Visitaram a instituição Cláudia Pereira, Secretária de Estado para a Integração e as Migrações, Mariana Simão, da mesma secretaria, Emília Santos, vice-presidente da Câmara Municipal da Maia e a equipa do pelouro social, e Miriam Gonzaga e Inês Castro, que integram a coordenação do Alto Comissariado para as Migrações (ACM).

Já há algum tempo que estas entidades tinham manifestado interesse em conhecer as instalações da Fundação Allamano, que albergam um projeto de acolhimento e integração de migrantes. As responsáveis conversaram com alguns rapazes que ali se encontravam e visitaram espaços que lhes são dedicados, como os quartos, cozinha, sala de convívio e todo o espaço exterior envolvente.

A Secretária de Estado para a Integração e as Migrações mostrou a sua satisfação pelas condições proporcionadas e prestou um agradecimento pelo trabalho desenvolvido desde há dois anos. Com idêntico entusiasmo, as responsáveis municipais destacaram o bom funcionamento deste centro e o contributo da Fundação Allamano “para a inclusão, melhoria do bem-estar e a qualidade de vida dos grupos mais vulneráveis da sociedade”.

Entusiasmados com o reconhecimento, Sérgio Soares, do conselho de administração da fundação, João Monteiro, assistente espiritual, e funcionários da instituição, expressaram o forte compromisso para com este projeto, o empenho na promoção humana e, sobretudo, a preocupação relativamente ao futuro próximo dos refugiados após o término do protocolo, nomeadamente em relação à renovação dos vistos de residência, condição necessária para a sua estabilidade e permanência em Portugal.

Afinal, não é possível acolher e integrar, para depois descartar. Os 18 meses de acolhimento e integração não podem ser desperdiçados pela inércia da burocracia, mas significar o início de uma nova etapa, a oportunidade de ter uma vida como todos os seres humanos merecem. Estes acontecimentos confirmam a nossa opção social, iluminam o nosso caminho, renovam as forças e o entusiasmo no trabalho que desenvolvemos, imprimem maior responsabilidade e encorajam-nos para desafios maiores!

Texto: José Miranda, membro da direção da Fundação Allamano