Respeito pela justa autonomia das realidades temporais, sem excluir Deus e a dimensão religiosa da vida e da sociedade é o sentido da “sã laicidade”, segundo Bento XVI.
Respeito pela justa autonomia das realidades temporais, sem excluir Deus e a dimensão religiosa da vida e da sociedade é o sentido da “sã laicidade”, segundo Bento XVI. Perante a tentativa de excluir Deus de todos os âmbitos da vida, apresentando-o como antagonista do homem, toca aos cristãos mostrar que Deus é amor e quer o bem e a felicidade de todos os homens, advertiu o Papa durante a audiência com os participantes no Congresso nacional da União dos Juristas Italianos.
Trata-se de fazer compreender que a lei moral que Deus nos deu e que se nos manifesta na voz da consciência, tem como objectivo, não oprimir-nos, mas sim libertar-nos do mal e tornar-nos felizes. Trata-se de mostrar que sem Deus o homem se encontra perdido e que a exclusão da religião da vida social, em particular a marginalização do cristianismo, mina as próprias bases da convivência humana. De facto, antes de serem de ordem social e político, esta bases são de ordem moral, salientou.
O Estado não deve considerar a religião como uma simples sentimento individual, que se poderia confinar unicamente ao âmbito privado, referiu ainda o Papa.