Em 23 países verifica-se uma resistência ao regresso às aulas, na sequência da pandemia da covid-19, alerta o Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF). Segundo os serviços de comunicação das Nações Unidas, “cerca de 43 por cento das escolas públicas liberianas permanecem fechadas desde dezembro de 2020”. Após a reabertura das escolas foram muitos os que não regressaram, o que “ocorreu em países como a Libéria, África do Sul, Uganda, Malawi e Quénia”.

“Na África do Sul, os menores fora da escola triplicaram em 16 meses. No Uganda, cerca de dez por cento deles não voltaram à escola em janeiro passado, depois de dois anos de escolas fechadas. No caso malauiano, a taxa de evasão de meninas no ensino médio aumentou 48 por cento entre 2020 e 2021. Uma investigação com 4 mil quenianos constatou que 16 por cento das alunas e oito por cento dos alunos entre 10 e 19 anos não retornaram aos bancos escolares.”

A não reabertura de escolas após o seu encerramento devido à pandemia coloca “405 milhões de alunos e alunas ficam fora do ensino”. A UNICEF “estima que 147 milhões de crianças perderam mais da metade de aulas presenciais nos últimos dois anos”. A agência das Nações Unidas alerta para o facto destas crianças terem “menores oportunidades de ler, escrever ou fazer contas básicas”.