” a minha faculdade foram os Índios, eles é que me abriram os olhos”, afirmou o missionário Eduardo Frazão, referindo-se aos mais de 15 anos que passou no Brasil, ao lado dos Índios.
” a minha faculdade foram os Índios, eles é que me abriram os olhos”, afirmou o missionário Eduardo Frazão, referindo-se aos mais de 15 anos que passou no Brasil, ao lado dos Índios. Eduardo Frazão recordoua destruição da missão do Surumu, em Setembro de 2005, como forma de impedir que os índios festejassem a homologação da terra índia do Roraima, Raposa Serra do Sol. O que não conseguiram.
Conhecedor das missões no Brasil, pelas quais passou o agora membro da casa do Cacém dos Missionários da Consolata, defendeu que o missionário não vai para dar, mas para escutar, para caminhar com os índios.
E sinal deste caminho conjunto é que os projectos feitos de raiz, com os índios, ainda perduram, como é o caso do projecto Uma vaca para o índio. Dos 50 animais, além dos 2 toiros, inicialmente distribuídos por cada maloca (comunidade), hoje, o Roraima possui mais de 50 mil cabeças de gado.
Ora este trabalho de apoio ao desenvolvimento dos índios granjeou inimigos, nomeadamente os fazendeiros. E daí as represálias. O padre Frazão foi, duas vezes indiciado por crimes que não cometeu, numa estratégia que visava dizer à população que os padres também eram bandidos.