Homilias das eucaristias não são para fazer campanha pelo “Não” ao aborto, garante o bispo da diocese de Leiria-Fátima.
Homilias das eucaristias não são para fazer campanha pelo “Não” ao aborto, garante o bispo da diocese de Leiria-Fátima. as homilias não são para estar a fazer campanha. agora, o esclarecimento do ponto de vista doutrinal parece-me legítimo, afirma o bispo da diocese de Leiria-Fátima, numa entrevista ao Correio da Manhã, hoje publicada.
a campanha deve ser feita – assinalada – pelos leigos e movimentos cívicos a operar no terreno.
antónio Marto refere ainda que, em matéria de aborto, uma mulher que o faz não é condenada, isto é tem perdão, desde que se arrependa. É um perdão regenerador da vida, de quem caiu. Por isso é que existe este apoio ao trauma pós-aborto, não um perdão meramente formal, salienta.
O prelado refere ainda que, actualmente, há 25 movimentos e associações que apresentam à sociedade soluções alternativas ao aborto. Desde logo, na vertente do acompanhamento psicológico e social a quem vive o drama. Esse acompanhamento leva meses, não é meramente pontual.compreende a criação de condições sociais, económicas, de habitação e, em alguns casos, vai até à procura de emprego. Numa segunda linha, temos o apoio e acompanhamento às mulheres vítimas de violência, seja do namorado, do marido ou da própria família, já que por vezes são postas fora de casa. Este apoio, esse acompanhamento de berço e de mãe, traduz-se na oferta de casas para acolher as mães e as crianças durante o tempo que for preciso. Depois, há o acompanhamento no âmbito do planeamento familiar, do esclarecimento. E por fim temos o apoio às mulheres que abortaram e que ficam com o chamado trauma pós-aborto, explica.