O Papa João Paulo I foi assassinado porque queria fazer mudanças na hierarquia da Igreja. Esta é a tese do mais recente livro sobre a polémica morte do Sumo Pontífice, ocorrida em 1978.
O Papa João Paulo I foi assassinado porque queria fazer mudanças na hierarquia da Igreja. Esta é a tese do mais recente livro sobre a polémica morte do Sumo Pontífice, ocorrida em 1978. João Paulo I foi assassinado a 29 de Setembro de 1978, 33 dias depois de ter iniciado o seu pontificado e, segundo Luís Miguel Rocha, autor do livro O Último Papa, os mandantes da morte do Papa foram Marcinkus, Calvi e Gelli . Paul Marcinkus era um bispo norte-americano, gestor do Banco do Vaticano; Roberto Calvi um antigo administrador do Banco ambrosiano; enquanto Licio Gelli é líder da loja maçónica italiana P2.
Calvi morreu depois enforcado na ponte de Blackfriars, em Londres, em 1982, e Marcinkus faleceu em Fevereiro deste ano. Licio Gelli é a única pessoa ainda viva, mas Luís Miguel Rocha afirmou que não receia qualquer perseguição judicial devido às suas acusações, nem teme pela vida. Estou bem protegido , garantiu.
O Papa preparava-se para fazer mudanças na hierarquia da Igreja, nomeadamente na direcção do Banco do Vaticano, o que afectaria Marcinkus e os seus sócios , explicou o autor português, à Lusa esclarecendo que foi contactado por uma fonte no ano passado que lhe forneceu os documentos privados que o Papa tinha consigo na noite em que foi assassinado .
Estes documentos foram-lhe entregues por uma fonte, em abril de 2005 e, constam do livro. O diário do Papa, garantiu o autor, menciona o encontro do primeiro com a irmã Lúcia, em Coimbra, um ano antes de ter sido eleito.
Segundo Luís Miguel Rocha, o terceiro Segredo de Fátima seria sobre a morte de João Paulo I e não sobre o atentado a João Paulo II. O autor diz que o diário tem as palavras que a vidente lhe transmitiu sobre aquilo que iria ser a morte do Papa.