Na véspera do encontro inter-religioso com islâmicos, Bento XVI afirma que os cristãos “são construtores de paz”, recordando a Irmã Leonella, missionária da Consolata assassinada na Somália.
Na véspera do encontro inter-religioso com islâmicos, Bento XVI afirma que os cristãos “são construtores de paz”, recordando a Irmã Leonella, missionária da Consolata assassinada na Somália. Os cristãos são um “sinal Pacífico de contradição, que demonstra a vitória do amor sobre o ódio e o mal”.com estas palavras o Papa sintetiza a “lógica do cristianismo”, na véspera do encontro entre religiões, em Castelgandolfo,
Diante de milhares de pessoas, reunidas no pátio da sua residência de Verão, nos arredores de Roma, o Pontífice apresenta “o testemunho de muitos cristãos que, com humildade e silêncio, gastam a vida ao serviço dos outros”.
O assassínio de irmã Leonella, “que servia há anos os pobres e os pequenos da Somália” e a pena de morte aplicada a três católicos na Indonésia marcaram a semana passada. Neste contexto, o Papa quis reafirmar a “lógica do cristianismo”, do amor que “se torna serviço até ao dom de si”. Quem quiser “ser o primeiro torne-se o último e o servo de todos”.
Bento XVI explica esta lógica: “Responde á verdade do homem criado à imagem de Deus, mas ao mesmo tempo contrasta com o seu egoísmo, consequência do pecado original”.
O Papa não fez nenhum aceno ao encontro que, amanhã, reunirá embaixadores dos países islâmicos acreditados junto da Santa Sé e líderes islâmicos de Itália. ao anunciar o encontro, o cardeal Paul Poupard, presidente do Conselho Pontifício para o diálogo inter-religiosso, sublinhou mais o aspecto religioso que o diplomático.
O presidente do Conselho Pontifício para a justiça e paz, Renato Martini, por seu lado, afirmou com firmeza que “nenhuma religião tem nada a temer da religião católica e do seu Papa”. O inimigo verdadeiro de todas as religiões é o “paradigma ético-cultural de uma razão sem Deus que, embora seduzindo pelos seus sucessos Científicos e técnicos, ameaça o património religioso de toda a humanidade”.