O aumento do número de casais que decidem pôr termo à sua união é tal que a Coreia alcançou um alto í­ndice de divórcios entre as nações. é uma das maiores mudanças dos últimos dez anos.
O aumento do número de casais que decidem pôr termo à sua união é tal que a Coreia alcançou um alto í­ndice de divórcios entre as nações. é uma das maiores mudanças dos últimos dez anos. Segunda-feira é o dia mais atarefado dos tribunais que lidam com divórcios. Muitos são os casais que esperam em fila a sua vez para porem termo à sua relação. Não é que esta se tenha deteriorado nos últimos tempos. Simplesmente porque discutiram durante o fim-de-semana, ou queixam-se de parentes impertinentes, ou de maridos que não ganham o suficiente, ou de esposas que limparam a conta bancária. Preenchem um formulário, pagam uma taxa e assinam ambos. O divórcio está consumado e oficializado.
O número de divórcios na Coreia duplicou desde 1995. Tem a ver com os níveis de prosperidade alcançados, que são bastante elevados. ao mesmo tempo, cada vez mais os coreanos se desprendem da tradição. Outro elemento que contribui para este aumento é a lei do divórcio, que permite a um casal separar-se num instante. Obter um divórcio é mais rápido e barato que uma ida ao cinema.
Há juízes que querem pôr fim ou atenuar estas facilidades, que contribuem para que a Coreia tenha uma das mais altas taxas de divórcio da Ásia. Impõem aos casais um período de “repensamento”, de modo a ponderarem as consequências do divórcio para os filhos e familiares. Exigem aos casais desavindos um período de acompanhamento psicológico antes de decidirem separar-se. Em alternativa propõem uma semana de reflexão, antes de assinarem o divórcio.
Estas medidas começam a ter reflexos nos números. Em 1995, o número de divórcios foi de 68. 300; subiu para 157. 100 em 2003. Mas começou lentamente a diminuir. Em 2005 o número foi de 128. 500 num país de 49 milhões de habitantes. as medidas propostas pelos juízes não são ainda contempladas na lei. Muitos casais recusam-nas.
a parlamentar Lee Eun-Yong apresentou uma proposta no parlamento que, se for aceite até ao final deste ano, irá exigir que os casais desavindos esperem pelo divórcio, pelo menos, três meses após terem entregue ao juiz o pedido de anulação do matrimónio. a proposta reforça também a necessidade e a obrigação de proteger as crianças.
De Seul, Coreia do Sul