“as últimas décadas foram de respeito, no Cristianismo, pelas diferentes culturas”. Então, “para quê evangelizar?” se todas as religiões têm uma matriz antiga, religiosa.
“as últimas décadas foram de respeito, no Cristianismo, pelas diferentes culturas”. Então, “para quê evangelizar?” se todas as religiões têm uma matriz antiga, religiosa. João Duque defende que “a Evangelização é sempre nova porque inaudita e há sempre transformação à luz do Evangelho”. Logo, para o teólogo e docente da Católica, a Nova Evangelização “é um processo constante, de transformação à luz de cada época cultural”, distanciando-se assim, do conceito de Nova Evangelização porque Re-evangelização de povos já cristãos.
Hoje em dia, o desafio à Evangelização actual é “enfrentar seriamente a globalização e ter coragem para denunciar que faz (globalização) dos seres humanos todos iguais, sem respeitar todas as suas diferenças”. E assim “acabámos por liquidar a própria pessoa humana”, assinalou durante a última conferência deste sábado, 16 de Setembro, nas Jornadas Missionárias.
a Europa vive num “indiferentismo”, isto é, um “desinteresse total em relação ao Cristianismo”. Vive-se “na era do cheio em que as pessoas vivem na ilusão de estarem preenchidas”, porque “vivemos numa sociedade em que fomos programados para querer aquilo que podemos comprar. E, nada mais”.
No período em que se afirma uma intensa individualidade e há uma preocupação crescente de auto-realização, proliferam os movimentos dispersos (seitas).
Essencial à Evangelização é “a defesa e afirmação da liberdade pessoal de cada ser humano” e ser “voz dos que não têm voz”, salientou o professor.