a colorida e vibrante massa de adeptos coreanos apoiou, na Coreia e nos quatro cantos do mundo, a selecção nacional com o grito: “Te-Han-Minguk”, isto é, Coreia.
a colorida e vibrante massa de adeptos coreanos apoiou, na Coreia e nos quatro cantos do mundo, a selecção nacional com o grito: “Te-Han-Minguk”, isto é, Coreia. De t-shirts vermelhas, lenços coloridos e de cara pintada com bandeiras nacionais, os adeptos coreanos, no mundial de 2002, na Coreia e no Japão, tornaram-se a “mascote” desta nação do Extremo Oriente. Por todo o mundo se falou destes adeptos fervorosos que encheram estádios e praças, unidos no apoio incondicional à sua selecção nacional. é considerado um milagre ter chegado, em 2002, aos quartos-de-final, que contribuiu para um maior orgulho nacional. ao contrário do que muitos poderiam pensar, o futebol não é o desporto preferido dos coreanos e jamais atraí­ra multidões. Fica muito atrás do basebol e do basquetebol.
Durante o recente mundial da alemanha, os coreanos mostraram de novo que são adeptos fervorosos da sua selecção. Viveram este mundial com mais entusiasmo e fervor. Foram bem maiores, que em 2002, as multidões que encheram estádios e praças públicas, apesar da Coreia ter ficado pelo caminho na primeira volta. Mais de três mil turistas dos Estados Unidos, Canadá, Malásia, China e outros países visitaram a Coreia durante o mundial para, pura e simplesmente, assistirem a estas manifestações de rua.
Quem vive na Coreia não tem dificuldade em descobrir neste tipo de manifestações de rua um sentido mais amplo do que aquele que aparece à primeira vista. Não são um fenómeno novo na Coreia, que está habituada a estas manifestações, habitualmente marcadas por batalhas ideológicas. é preciso recuar no tempo para descobrir o sentido mais profundo das mesmas. Durante as ditaduras militares dos anos 70 e 80, as praças e ruas foram autênticos campos de batalha entre estudantes e polícia de choque. Nos últimos anos, o cariz destas manifestações tem sido político, ou seja, entre a oposição e o governo.
as recentes manifestações de alegria, de festividade e patriotismo simbolizam o fim de uma cultura de invejas e rivalidades, de opressão e confrontos. Está a nascer a cultura da unidade, do celebrar juntos a “coreanidade”. Pela primeira vez, a gente juntou-se não por motivos económicos ou políticos, mas simplesmente para fazer festa e mostrar ao mundo a energia, alegria e Espírito jovem desta nação. agora não é preciso fugir das bombas de gás lacrimogéneo, mas dançar e cantar. Divertir-se é a palavra de ordem. Oxalá que este Espírito de festa e unidade não passe de mais “uma moda”. Poderá ajudar esta nação a gozar mais e melhor o dom da vida.