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Foto: Nuno Veiga / Lusa

O primeiro Registo de Ameaças Ecológicas (RAE), elaborado por um grupo de reflexão internacional do Instituto para Economia e Paz, coloca Portugal entre os países que enfrentam menos ameaças até 2050, ao apresentar um nível de risco baixo. O RAE analisa a exposição de países aos riscos de crescimento populacional, stress hídrico, insegurança alimentar, secas, inundações, ciclones, aumento da temperatura e subida do nível do mar.

Segundo o documento, citado pela agência Lusa, Portugal apresenta uma classificação de “baixa exposição” ao estar exposto a uma das ameaças ecológicas até 2050, mas não menciona em concreto o tipo de ameaça. A nível global, conclui-se que 141 países estarão expostos a pelo menos uma ameaça ecológica até 2050, existindo apenas 16 países que não enfrentam qualquer ameaça, como Suécia, Noruega, Irlanda e Islândia.

No topo da lista com maior número de ameaças estão 19 países que têm de enfrentar quatro ou mais ameaças, englobando uma população conjunta de 2,1 mil milhões de pessoas, o que representa cerca de 25 por cento da população total mundial. Estes 19 países estão entre os 40 menos pacíficos do mundo, entre eles o Afeganistão, a Síria, o Iraque, Chade, a Índia e o Paquistão.

O RAE refere ainda que mais de mil milhões de pessoas vivem em países que provavelmente não terão capacidade de mitigar e se adaptar a novas ameaças ecológicas, criando condições para o deslocamento em massa até 2050. O país com o maior número de pessoas em risco de deslocamento em massa é o Paquistão, seguido pela Etiópia e o Irão, enquanto o Haiti enfrenta a maior ameaça na América Central.