Ajuda à Igreja que Sofre
Foto: ACN - Ajuda à Igreja que Sofre

Os responsáveis pela Fundação Ajuda à Igreja que Sofre (AIS) afirmam estar atentos a “quem pede socorro”, fazendo “chegar apoios a quem sofre”. À atual pandemia, soma-se a perseguição motivada por motivos religiosos, que tem aumentado em todo o planeta. Segundo Catarina Martins, diretora do secretariado português da fundação, a Igreja Católica tem um “papel preponderante e essencial” para a sobrevivência das comunidades em territórios mais desfavorecidos e atingidos pela violência.

No último ano, as duas regiões que mais auxílio receberam da fundação pela AIS foram África e o Médio Oriente, locais “com uma pressão muito grande” por parte de “grupos radicais islâmicos”, disse Catarina Martins, em declarações à agência Ecclesia. De acordo com a responsável, com a atual pandemia, os “problemas da perseguição religiosa acabam por ficar num segundo plano”, mas, “infelizmente, eles continuam”.

Na província de Cabo Delgado, em Moçambique, os “ataques de grupos radicais são frequentes” desde 2017. As ações de violência já “fizeram muitas mortes” e “cerca de 200 mil pessoas deixaram as suas casas”. Segundo Catarina Martins, a Igreja naquela região moçambicana “necessita de tudo”, uma vez que as populações “são muito pobres e vivem da agricultura de subsistência”.

No que à Síria diz respeito, a fundação tem “estado presente” através de diversos géneros de auxílio, como “apoio alimentar, medicação e ajuda às congregações religiosas”. Na Síria e em outras regiões do Médio Oriente está em causa a “subsistência” das comunidades e assiste-se ao “fim da presença das comunidades cristãs nestes países”, indica Catarina Martins.

Segundo a responsável, os mais de 330 mil benfeitores da fundação têm sido uma “ajuda preciosa” aos cerca de cinco mil projetos de “apoio à sobrevivência da Igreja”. Neste contexto, Catarina Martins agradece o “papel dos benfeitores” no auxílio aos que se encontram em sofrimento.