Habitam a selva, perdidos a milhares de quilómetros da civilização onde só se chega de táxi aéreo. São indígenas, yanomami e vivem na amazónia.
Habitam a selva, perdidos a milhares de quilómetros da civilização onde só se chega de táxi aéreo. São indígenas, yanomami e vivem na amazónia. “Vamos à raiz da nossa essência de um povo frágil e nessa fragilidade, extremamente forte”, afirmou Joaquim Franco, jornalista durante a tertúlia realizada a 20 de Maio, no Museu de arte Sacra e Etnologia de Fátima.
“Sobreviver ao futuro”, ou que futuro para os Índios yanomami? Duas viagens separadas no tempo, uma mesma realidade, a dos indígenas yanomami no Brasil. Os jornalistas Joaquim Franco, da SIC e Francisco Pedro, do Correio da Manhã falaram do “privilégio” deste contacto com os Índios e da sua especial ligação com a natureza.
“Fiquei fascinado com a forma como vivem em comunhão com a natureza. Não a agridem, retiram apenas o que necessitam”.
Mas, com o passar do tempo e com a presença do homem branco, ali bem perto, este tornou-se o maior aliado e o maior inimigo, defendeu Joaquim Franco.
O futuro é algo que não preocupa em demasia este povo. aliás, “eles vivem cada dia, sem grande preocupação. O único momento em que pensam no futuro é no preparativo de festas”, salientou o jornalista da SIC que esteve 24 horas com os Índios yanomami, em 2005.
Francisco Pedro permaneceu um mês, em 1999, viveu numa maloca, e lembra que “todos os dias têm que arranjar comida”. a alimentação para sobreviver é a prioridade máxima na vida de um yanomami que têm instinto caçador, apontou Joaquim Franco.
Como é que se pode ajudar estes Índios? Depois do trabalho, Francisco Pedro pensou em que tipo de ajuda poderia dar a estes Índios. a melhor forma, considera, é “dizer que estão lá, como vivem e pedir que os respeitem”.
Esse respeito pelo povo é visí­vel pelo trabalho dos missionários da Consolata. Há mais de quarenta anos no território a apoiar estes indígenas e sem baptizar nenhum deles.
Os dois jornalistas falaram ainda da simpatia genuí­na daquele povo, sem fingimento, da sua aprendizagem na missão e nos pequenos luxos que alguns já possuem como velas e pilhas.