a última crónica sobre o grupo de Reguengos, Mourão e Portel que peregrinou a Fátima, a pé, fala-nos da sua presença e experiências de fé na cidade da paz, e das impressões de alguns peregrinos.
a última crónica sobre o grupo de Reguengos, Mourão e Portel que peregrinou a Fátima, a pé, fala-nos da sua presença e experiências de fé na cidade da paz, e das impressões de alguns peregrinos. No dia 12 de Maio acordaram um pouco mais tarde. O corpo pedia. Manhã livre para visitas à cidade, compras, orações. às 12h30 missa na capela dos Missionários da Consolata. O P. albino, que presidiu à celebração, convidou a todos a colocaram aos pés de Nsa Sra todo o caminho percorrido e, sobretudo a “guardarem bem as marcas da peregrinação interior” que cada um fez e seguirá fazendo. Exortou-os também a “olharem para Maria que indica o seguimento do Filho” quando Ela diz, nas bodas de Canaã: “Fazei tudo o que Ele vos disser”. Fez questão de frisar, ainda, que “quem salva é o Filho e Maria é apenas a mediadora”.
após a missa, foto do grupo nas escadarias do Seminário e, em seguida, todos se dirigiram ao átrio destas instalações, onde foi realizado um piquenique. Da mesa da Eucaristia da Palavra, do Pão e do Vinho, transformados em Corpo e Sangue de Cristo, para a mesa da partilha do pão, do chouriço, do vinho e do queijo alentejano.
Por volta das 17h00 dirigem-se para o santuário afim de acolherem outros grupos do alentejo cuja chegada era prevista para esta hora: Vila Viçosa, alcácer do Sal, évora. à noite e também hoje, dia 13, integram-se plenamente nas cerimónias oficiais programadas pelo Santuário, tal como os milhares de peregrinos que nestes dias encheram as ruas de Fátima.
Terminado o terço na Capelinha, missa no recinto e procissão do adeus, começou a dispersão. Muitos, sabendo da dificuldade em se encontrarem no final das cerimónias do Santuário, já se tinham despedido ao início da manhã. E agora estão de volta às suas terras de origem.
as “marcas” do peregrino
a Ermelinda, 42 anos, de Mourão, contabilista na Câmara Municipal desta cidade alentejana, diz que sentiu “muita emoção” ao chegar a Fátima, porque há algo ali que não “sei exprimir o que é”, mas que me preenche e me dá força e ânimo. ao longo da caminhada foram, sobretudo, “os momentos de fé e oração que muito me ajudaram”, além da “partilha com outros e das amizades que fiz”, acrescenta. Diz, sem hesitar, que voltará a repetir a experiência.
Rosinda, também de Mourão, gere uma lavandaria e encontrou tempo para peregrinar, também pela primeira vez, a pé, a Fátima. Do alto dos seus 43 anos, afirma que sentiu no corpo o peso desta longa caminhada. Mas, ainda que, como afirma, tenha vindo por “promessa de agradecimento, que queria cumprir”, tem intenção de integrar a peregrinação do próximo ano, mesmo que sem a motivação de uma promessa. “Não pensei que a chegada ao Santuário mexesse tanto comigo”, desabafa. No entanto, acrescenta: “prefiro vir ao Santuário com menos gente, pois isto faz-me muita confusão e não me ajuda a rezar como eu gostaria”. Por isso, pensa em vir ainda, noutro momento, com mais tranquilidade.
Volta à vida quotidiana
Nota-se, por estes e outros relatos, que se ouvem nestes dias, que a abundância dos frutos recebidos durante a peregrinação supera em muito os sacrifí­cios da caminhada.
a crónica que falta escrever agora será: “De Fátima ao alentejo”.com uma diferença: essa deverá ser escrita, agora, por cada um deles, no seu dia-a-dia, na sua comunidade católica, na vida quotidiana. Essa é a peregrinação que dá mais frutos.