O encontro com outro grupo de peregrinos, mas com itinerários diferentes, o medo das alturas à entrada de Coruche, e uma hospitalização. Foi o quarto dia. Mas o grupo está mais coeso e animado que nunca.
O encontro com outro grupo de peregrinos, mas com itinerários diferentes, o medo das alturas à entrada de Coruche, e uma hospitalização. Foi o quarto dia. Mas o grupo está mais coeso e animado que nunca. Cerca de 25 km é o que separa Lavre de Coruche. De carro faz-se em duas dezenas de minutos. Mas são pernas e não rodas os meios de locomoção dos peregrinos de Reguengos, Mourão e Portel. Nesta segunda-feira, no quarto dia (não-consecutivo) de caminhada (recordamos que já tinham feito o percurso até évora, no dia 1 de Maio) podemos até dizer que já vão em velocidade de cruzeiro.
Depois da missa, presidida pelo P. Carlos, na bonita e recém-restaurada Igreja de Lavre, e do pequeno-almoço no mesmo restaurante onde jantaram no dia anterior, fizeram-se à estrada. antes da pausa para a reflexão, a meio da manhã, cruzam-se com o grupo que vem de alcácer do Sal. ainda que estes grupos sigam itinerários diferentes, foi um momento de festa, esta experiência do encontro de peregrinos. Caminhos diferentes, o mesmo objectivo, a mesma meta: Fátima. após a pausa, em que o Nisa convida os caminhantes à escuta, meditação e partilha da Palavra de Deus, recomeçam o caminho. alguns quilómetros depois, almoço reparador no restaurante “Fonte de Pau”, na aldeia Santana do Mato. Deixa-se passar o pico do calor, que o sol aperta e, procurando não perder o Espírito de peregino, reiniciam viagem.
“O grupo está coeso, bem-integrado, compacto, e o clima está muito bom” diz, com manifesta satisfação, um dos guias, acrescentando que “estão com boa pedalada”.
as famosas sete pontes de Coruche, à entrada da cidade, assustaram tanto uma das caminhantes, a Ilda Soares, que teve que ser levada “em braços”, pois o medo de alturas fá-la entrar em pânico. Porém, a excelente acolhida no Centro de Dia da Santa Casa da Misericórdia de Coruche, fez a todos esquecer por momentos, esses medos e outras mazelas do dia. Foi aí­ que jantaram e pernoitaram.
Como nada fica ao acaso, e há sempre um Cireneu disposto a fazer de tudo para amenizar as mazelas dos caminhantes, valeram-lhes muito as massagens do grupo de massagistas “Os Búzios”, de Coruche, que fizeram tratamentos a todos os que precisavam. Solicitaram a hospitalização de uma das peregrinas, com as pernas inchadas. No entanto, já no hospital, ficou esclarecido que faz parte da sua constituição física. ainda assim, ficou de tomar alguns comprimidos.
Faz parte do bom peregrinar oferecer tudo a Deus: todos os passos e, também, todas as dores. E oferecer também o dia seguinte (terça-feira): de Coruche a almeirim e, na quarta, de almeirim à Louriceira. a Mãe espera. a Mãe reza. a Mãe anima.