Os especialistas da Força-Tarefa Interinstitucional da ONU sobre Religião e Desenvolvimento Sustentável e do Conselho Ecuménico das Nações Unidas pediram este fim de semana aos líderes religiosos que mantenham o seu envolvimento na mitigação da crise pandémica, ajudando a partilhar informação e a aproximar as pessoas dos “valores comuns da humanidade”.
“Neste momento de agitação, tristeza e angústia, líderes e organizações religiosas desempenham um papel único em aproximar as pessoas de valores comuns da humanidade, como solidariedade e compaixão”, valores que “devem ser promovidas tanto dentro como entre as comunidades de fé diferentes”, afirmam os responsáveis do organismo da ONU em comunicado.
Perante os desafios que a atual crise levanta, sobretudo para os mais vulneráveis, o documento realça que só com “unidade, solidariedade e cooperação internacional” é possível enfrentar a pandemia e não deixar ninguém para trás. Neste contexto, a Força-Tarefa manifesta-se disponível para ajudar a enfrentar estigma, discurso e crimes de ódio, xenofobia, racismo e todas as outras formas de discriminação.
Os especialistas pedem ainda que os líderes religiosos usem as suas esferas de influência e autoridade para ajudar as operações de assistência humanitária nos locais mais difíceis, e que declarem o seu apoio ao apelo do secretário-geral da ONU, António Guterres, por um cessar-fogo global imediato, que permita que trabalhadores humanitários continuem a trabalhar.