Foto: EPA/MAURIZIO BRAMBATTI

“Rezemos pelos governantes, os cientistas, os políticos, que começaram a estudar a saída, o pós-pandemia, para que encontrem o caminho certo, sempre em favor das pessoas, sempre em favor dos povos”, afirmou o Papa Francisco, esta segunda-feira, 13 de abril, na Missa a que presidiu na Casa de Santa Marta, no Vaticano.

Para o Pontífice, a escolha de um caminho certo para a saída da crise causada pela Covid-19 implicará uma escolha entre a vida dos povos e o deus dinheiro. Nesse sentido, “se se escolhe o dinheiro, escolhe-se o caminho da fome, da escravidão, das guerras, das fábricas de armas, das crianças sem instrução”, sublinhou o Papa, orando para que “o Senhor ajude [os decisores] a escolherem o bem das pessoas”.

Ontem, na sua mensagem de Páscoa, o Santo Padre tinha insistido também num cessar-fogo global, a redução das sanções internacionais e o eventual perdão da dívida aos países mais pobres, por forma a permitir que estas nações possam prestar apoio adequado aos seus cidadãos.

“Este não é tempo para a indiferença, porque o mundo inteiro está a sofrer e deve sentir-se unido ao enfrentar a pandemia. Este não é tempo para egoísmos, pois o desafio que enfrentamos nos une a todos e não faz distinção de pessoas. Este não é tempo para continuar a fabricar e comercializar armas, gastando somas enormes que deveriam ser usadas para cuidar das pessoas e salvar vidas”, apelou Francisco.