Os ministros e altos funcionários ruandeses deverão doar os seus salários de abril para programas sociais destinados a ajudar os mais pobres a resistir à crise económica gerada pelo novo coronavírus, anunciou esta semana o primeiro-ministro do Ruanda, em comunicado.

“O governo ruandês decidiu, além de todas as iniciativas em curso de proteção social, que todos os membros do governo, chefes de gabinete, presidentes de instituições públicas e outros funcionários com altos cargos, deverão renunciar a um mês de salário”, declarou Edouard Ngirente.

O Ruanda foi um dos primeiros países africanos a impor o confinamento, a 21 de março, com o encerramento de todos os estabelecimentos – exceto os essenciais -, a suspensão do serviço de transporte público e a proibição das deslocações não essenciais.

Entretanto, as autoridades distribuíram bens de primeira necessidade a cerca de 20 mil pessoas vulneráveis da capital, Kigali, mas as necessidades são muitas num país com 12 milhões de habitantes, onde 40 por cento da população vive abaixo do limiar da pobreza. Os mais desfavorecidos são os que têm sentido o maior impacto da crise, devido ao aumento do desemprego e do preço dos produtos alimentares.