Num momento de distanciamento social devido à atual pandemia, os membros da equipa do Serviço da Pastoral Social da diocese Açores convidam “todos os movimentos paroquiais a reforçarem a sua relação com os mais vulneráveis da sua comunidade”, através de chamadas telefónicas e recorrendo às redes sociais.

Os elementos deste organismo social lembram que todas as comunidades detêm diversos movimentos de ação pastoral, como as conferências Vicentinas, os núcleos da Cáritas, os Mensageiros de Fátima ou a Legião de Maria. Existem ainda os ministros extraordinários da comunhão, catequistas, leitores, escuteiros e romeiros, e, todos eles “interromperam as suas atividades, mas não têm de estar inativos”, referem os membros da Pastoral Social da diocese de Angra, deixando um conjunto de sugestões.

“Por que não contactar os membros habituais que participam nas reuniões e outras atividades, via telefone ou pela internet? Podemos potenciar a nossa solidariedade, recorrendo a esses canais, seja por chamada, mensagem ou videochamada. Nesses contactos, para além do apoio e da presença amiga, podem ser sinalizadas necessidades não satisfeitas, para posteriormente serem encaminhadas e resolvidas. Por exemplo, é habitual os párocos visitarem paroquianos doentes ou acamados. Certamente, neste momento, essas pessoas estão mais sozinhas e, porventura sentem-se abandonadas. A solidão potencia o medo. Mas, uma palavra amiga pode quebrar a campânula do silêncio”, escrevem os autores da mensagem, recordando outro grupo que pode sentir o peso da solidão aliviado com os contactos que poderão ser feitos.

“Os idosos, os doentes, as mulheres sozinhas com seus filhos, e todos os que não tem apoio direto da família ou dos vizinhos, neste momento, vão sentir-se muito melhor. Há depois as crianças que, habitualmente, frequentam a catequese ou são escuteiros. Todos os responsáveis daqueles movimentos podem e devem contactar as famílias delas e indagar das suas necessidades. Não esperem que sejam apenas os assistentes sociais ou a junta de freguesia a terem essa responsabilidade. Sejamos o rosto da comunidade paroquial, fomentando a interligação com essas entidades e, se necessário for, encaminhando as suas necessidades não satisfeitas”, apelam os membros do organismo.

Segundo o Serviço para a Pastoral Social da diocese de Angra, existem paróquias que “já estão a construir essa rede, a única que pode segurar quem perde a força ou o ânimo, procurando resolver, localmente, as principais dificuldades”. “O importante neste momento é não ficarmos parados e não desistirmos de ninguém, a começar por cada um” pedem os membros deste movimento, disponibilizando-se para ajudar as comunidades paroquiais. “Estamos juntos no mesmo barco e só o medo nos pode derrotar, porque o Senhor nunca nos abandonará”, concluem.