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Uma centena de países encerrou os estabelecimentos de ensino de forma parcial ou total e pelo menos 85 fecharam as escolas em todo o território para conter a disseminação do coronavírus

As medidas de restrição adotadas a nível global para travar a propagação do novo coronavírus (Covid-19) levaram pelo menos uma centena de Estados a decretar o encerramento parcial ou total dos seus estabelecimentos de ensino e em 85 países a interrupção das aulas presenciais foi extensiva a todo o território. Mais de 770 milhões de alunos foram afetados em todo o mundo.

«A UNESCO aconselha a aliviar o impacto sobre o currículo escolar de várias formas. A primeira coisa é fazer o uso mais extensivo possível de todos os recursos a distância, que podem ser pela internet, pela rádio, pela televisão e todas as formas que permitem aprender e manter contato com a aprendizagem a distância», destacou o representante da Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura, Vincent Defourny, em declarações à ONU News.

Segundo o responsável, o encerramento das escolas, mesmo que seja de forma temporária, traz um custo social e económico alto, pois os mais desfavorecidos ficam com menos oportunidades para crescer e desenvolver. Na área de nutrição, muitos menores ficam sem alimentos a que têm acesso na escola. Por outro lado, podem ter maior exposição a comportamentos de risco ficando sozinhos em casa.

«Nesse contexto, é muito importante também manter um vínculo com os alunos, criar comunidade e criar um sentido de pertença que seja importante tanto para os alunos como para os professores e para a comunidade. Por isso é muito importante que a estratégia de cada professor seja adaptada à circunstância do país e à circunstância da sua turma. Por isso, o currículo será revisto. Mas damos a possibilidade de manter esse vínculo de aprendizagem e de trabalhar a distância da melhor forma possível», sublinhou Deforny, após uma reunião virtual com os ministros da Educação de 73 países.