O cenário mais otimista projetado pela Organização Internacional do Trabalho aponta para a perda de pelo menos 5,3 milhões de empregos, um número que pode chegar perto dos 25 milhões, na pior das hipóteses
A crise económica criada pela pandemia do novo coronavírus (Covid-19) pode aumentar o número de desempregados no mundo com a perda de quase 25 milhões de pessoas, no pior dos cenários, segundo uma avaliação da Organização Internacional do Trabalho (OIT).
Para minimizar os impactos no mercado de trabalho, a agência da ONU defende a adoção de medidas urgentes, em larga escala e coordenadas, baseadas em três pilares: proteger os trabalhadores no local de trabalho, estimular a economia e o emprego e, por fim, apoiar os postos de trabalho e o rendimento.
Entre essas medidas inclui-se a ampliação da proteção social e o apoio à manutenção de empregos, seja através de trabalho com jornada reduzida, licença remunerada e outros subsídios; benefícios fiscais e financeiros, inclusive para micro, pequenas e médias empresas e linhas de crédito e apoio financeiro para setores económicos específicos.
«Esta não é apenas uma crise global da saúde, é também uma grande crise do mercado de trabalho e económica que está a causar um enorme impacto nas pessoas. Em 2008, o mundo formou uma frente unida para enfrentar as consequências da crise financeira global e o pior foi evitado. Precisamos desse tipo de liderança e determinação agora», afirmou o diretor-geral da OIT, Guy Ryder, em comunicado.