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Violência armada sem precedentes já levou ao encerramento de milhares de escolas e centenas de centros de saúde na fronteira entre o Mali, Burkina Fasso e Níger. Número de deslocados internos quadruplicou

A mais recente avaliação da agência das Nações Unidas para a Coordenação dos Assuntos Humanitários (OCHA, na sigla em inglês) traça um quadro negro e preocupante, face ao aumento dos níveis de violência armada na região de fronteira entre Mali, Burkina Fasso e Níger.

Os grupos armados já obrigaram a fechar pelo menos 3.600 escolas e 241 centros de saúde e o número de deslocados internos subiu para mais de 1,1 milhões, o que corresponde a um aumento de quatro vezes. A crise está a deixar cada vez mais famílias em situação de insegurança alimentar e expostas a epidemias.

Com o aumento da insegurança e dos eventos climáticos, a agência da ONU estima que cerca de 3,7 milhões de pessoas venham a enfrentar os níveis mais graves de insegurança alimentar na estação de escassez de 2020. A subida será maior do que o dobro em relação ao ano passado.

Este ano, prevê-se que 7,5 milhões de pessoas das regiões afetadas precisem de assistência urgente. Para apoiar as autoridades desses países, as agências humanitárias têm alargado suas operações, mas a OCHA lançou um apelo à comunidade internacional para ajudar as autoridades nacionais e locais a aliviarem o sofrimento humano.