Os jovens espanhóis mostram-se à margem da Igreja. Consideram-se mais tolerantes, mais de esquerda, mais consumistas e mais “presos” à televisão.
Os jovens espanhóis mostram-se à margem da Igreja. Consideram-se mais tolerantes, mais de esquerda, mais consumistas e mais “presos” à televisão. O estudo feito a quatro mil jovens entre os 17 e os 24 anos da universidade autónoma de Madrid mostra que menos de metade dos jovens se consideram católicos, comparativamente aos 77% que se identificavam assim há uma década, adianta hoje o Diário de notícias. 46% consideram-se agnósticos, ateus ou indiferentes de qualquer religião, o que contribui para que a Igreja Católica seja uma das instituições que inspiram menos confiança, depois das multinacionais e da NaTO. Cerca de 79% dos jovens defendem que a Igreja é demasiado rica e 82% que é demasiado antiquada na questão sexual. Metade dos sondados considera que a Igreja ajuda os mais pobres e marginalizados.
apenas um em cada cinco (20%) confia na Igreja, com as associações de voluntariado, o sistema de ensino e o de segurança social a merecerem a maior confiança dos jovens.
Pedro González, autor do estudo, afirma que essa queda se deve à postura “impopular” da Igreja Católica “em temas como a lei que regula o matrimónio homossexual, o aborto e a sexualidade”.