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Verba é fundamental para prestar assistência humanitária a mais de 800 mil refugiados que se encontram no Bangladesh e às comunidades de acolhimento em situação de vulnerabilidade

Várias agências das Nações Unidas e as organizações não governamentais com quem trabalham solicitaram esta semana mais de 700 milhões de euros para responder à crise humanitária gerada pela chegada em 2017 de centenas de milhares de rohingya ao Bangladesh, provenientes de Myanamar. O objetivo é ajudar os refugiados e as comunidades de acolhimento.

Mais de 900 mil pessoas da etnia rohingya vivem como refugiados no Bangladesh, na sua maioria chegados depois da onda repressiva de agosto de 2017, onde os investigadores da ONU perceberam uma «intenção genocida» por parte das Forças Armadas da ex-Birmânia.

Com este apelo, as organizações humanitárias pretendem assegurar os serviços básicos aos refugiados, desde alimentação a saneamento, passando pelo acesso a alojamento ou a água potável, o que representa um investimento de mais de metade dos fundos solicitados.

«É essencial que a comunidade internacional responda a este apelo económico para garantir o bem-estar dos rohingya, tanto agora no Bangladesh como quando possam voltar de forma segura e sustentável» a Myanmar, afirma o alto comissário das Nações Unidas para os Refugiados, Filippo Grandi.

Segundo o responsável, um dos objetivos da ONU passa por garantir a co-existência entre vizinhos na zona de refugiados e melhorar a economia local, por exemplo favorecendo as infraestruturas, os trabalhos de reabilitação do meio ambiente e os projetos de energia.