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Insegurança está a forçar cada vez mais pessoas a deixar as suas casas e a procurar refúgio noutros pontos do país ou no vizinho Mali. Até os refugiados malianos estão a regressar ao seu país por não se sentirem seguros

 

A intensificação dos conflitos no Burkina Faso está a provocar um aumento preocupante do número de deslocados e a fazer com que muitos malianos, que haviam fugido da violência no seu país, optem por regressar ao Mali, por considerarem que neste momento é mais seguro o retorno, informa o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR).

Segundo dados da agência, o número de deslocados internos já chegou a 780 mil e mais de 2.000 pessoas fugiram para o Mali, entre elas muitos dos cerca de 25 mil refugiados malianos que tinham procurado proteção no Burkina Faso. O aumento dramático do deslocamento forçado em toda a região do Sahel está deixar as organizações humanitárias em estado de alarme.

Babar Baloch, porta-voz do ACNUR, alerta que as equipas humanitárias «precisam de acesso seguro para prestar assistência» e adianta que o aumento da resposta passa por mais serviços de proteção e suprimentos de emergência para todos os que são forçados a fugir e as comunidades que os acolhem. As prioridades são dadas a abrigo, educação e violência sexual e de género.