a China pode aprovar uma visita do Dalai Lama, se ele abandonar o sonho de independência do Tibete; e estabelecer laços diplomáticos com o Vaticano, se forem cortados os laços com o Taiwan.
a China pode aprovar uma visita do Dalai Lama, se ele abandonar o sonho de independência do Tibete; e estabelecer laços diplomáticos com o Vaticano, se forem cortados os laços com o Taiwan. as observações foram feitas por Ye Xiaowen, director do Departamento Estatal de assuntos Religiosos da China, semanas antes da cimeira entre o presidente chinês Hu Jintao e o presidente norte-americano George Bush. a administração norte-americana tem vindo a exercer uma forte pressão sobre o governo chinês para conceder uma maior liberdade religiosa.
Em Março o Dalai Lama expressou o seu desejo de ir à China para visitar lugares de interesse budistas e testemunhar o progresso económico do gigante asiático. Segundo Ye: “Desde que o Dalai Lama faça claro que abandonou completamente a questão da independência do Tibete, há a possibilidade de considerar esta visita”.
Desde 1959 que o Dalai Lama vive em exílio na Índia, tendo fugido depois de uma revolta falhada contra o regime comunista, nove anos depois destes controlarem o Tibete. O líder tibetano reiterou a sua posição actual: procurar uma maior autonomia para o Tibete, mas não independência.
Quanto às relações com o Vaticano, Ye disse existirem duas condições: que sejam cortadas as relações diplomáticas com o Taiwan e que o Vaticano evite interferências nos assuntos internos chineses.
“Podemos estabelecer relações diplomáticas com o Vaticano em breve se os dois princípios forem aceites”, disse Ye. “Mas será muito difícil caso os dois princípios sejam violados”. O cardeal Zen, de Hong Kong, disse que o Vaticano pode cortar relações com o Taiwan e estabelecê-las com a China já para as Olimpí­adas de Pequim em 2008.