Desta vez o capitalismo e os direitos humanos deram as mãos. a multinacional de roupa desportiva Reebok, atribuiu um prémio a Li Dan, um campeão que se atreveu a falar da situação da sida na China.
Desta vez o capitalismo e os direitos humanos deram as mãos. a multinacional de roupa desportiva Reebok, atribuiu um prémio a Li Dan, um campeão que se atreveu a falar da situação da sida na China. Li é o director do Projecto de luta contra a sida Orquí­dea Chinesa. ao atribuir o prémio de 50 mil dólares a Reebok frisou: “Li Dan documentou a destruição causada pela epidemia da sida na China, ajudando a pressionar o governo a dar uma resposta. apesar das pressões, ele trabalha para ajudar os órfãos da sida que foram rejeitados pelas suas comunidades”.
De acordo com os números oficiais, cerca de 650 mil pessoas foram diagnosticadas com sida na China em 2005. Dessas 75 mil já tinham o ví­rus totalmente activo. No entanto, as Nações Unidas acusam Pequim de mascarar a realidade. ” a China continua a considerar a sida um doença estrangeira”, disse Li. “Não quer admitir que é um fenómeno endémico no país”.
Li Dan informou que os 50 mil dólares do prémio vão ser usados para criar um centro de actividades para os órfãos da sida. Outros que foram contemplados com o prémio deste ano são: Rachel Lloyd, advogada de defesa de jovens exploradas sexualmente em Nova Iorque; Khurram Parvez, activista da paz na Caxemira; e Otto Saki, advogado dos direitos humanos do Zimbabué.