Paz não é apenas inexistência de guerra. a guerra é entendida, hoje em dia, como uma “hipótese a não descartar de maneira nenhuma”, comenta José Manuel Pureza.
Paz não é apenas inexistência de guerra. a guerra é entendida, hoje em dia, como uma “hipótese a não descartar de maneira nenhuma”, comenta José Manuel Pureza. “O fim da guerra fria não foi o triunfo da paz. O século XXI inicia com a hipótese da guerra como hipótese forte, francamente possível”.
O alerta foi dado pelo professor José Manuel Pureza durante o painel “Cidadania e conflitos”, nas nonas jornadas dos jovens universitários católicos que decorreram em Leiria.
E o que é que os cidadãos têm a ver com este assunto? à pergunta colocada por si, o professor deu a resposta. Uma necessidade de “conversão” tanto individual como comunitária. Isto é, uma “mudança radical” da cultura de violência para uma cultura de paz.
Esta cultura de paz tem três níveis: a ausência de guerra, “bem inestimável”, a paz estrutural, regras e modos de viver e um terceiro nível e “mais difícil”, a paz cultural. Também as diferentes linguagens, como a arte, neutralizam as injustiças e fazem caminhar para a paz, apontou José Manuel Pureza.
O orador salientou ainda que não deve preserverar a lógica de que os conflitos são maus, apontou salientando que esta lógica “está presente” em muitas “comunidades cristãs”.
” a tensão e o conflito são factores de crescimento. Uma Igreja que não tem conflitos não cresce”, salientou defendendo também que a questão que se coloca é “resolver conflitos de forma pacífica”.