O exilado líder espiritual do Tibete, o Dalai Lama, voltou a expressar o seu desejo de visitar a China, enquanto celebrava o aniversário da revolta de 1959 contra o domí­nio chinês.
O exilado líder espiritual do Tibete, o Dalai Lama, voltou a expressar o seu desejo de visitar a China, enquanto celebrava o aniversário da revolta de 1959 contra o domí­nio chinês. O Dalai Lama já várias vezes expressou o seu desejo de visitar a China, mas as autoridades chinesas sempre recusaram, acusando-o de separatismo. O objectivo da visita seria ver em primeira pessoa o desenvolvimento da China e visitar os lugares de peregrinação budistas. Durante o discurso que deu também expressou o seu desejo de autonomia para o Tibete, não falando já de independência.
Segundo o líder espiritual, a última ronda de conversações entre a delegação chinesa e a do Tibete já devia ter clarificado qualquer dúvida quanto às suas aspirações para o futuro do Tibete. “Já disse e repeti que não desejo a separação do Tibete da China, mas que procuro um futuro dentro da constituição chinesa”, disse. “Qualquer pessoa que tenha ouvido a minha declaração entende, a não ser que a sua visão da realidade esteja turvada pela suspeita, que a minha exigência de autonomia não significa uma separação”.
Segundo os jornalistas que têm observado os diálogos de paz que recomeçaram em 2002, até agora não houve resultados concretos. Porém, Lodi Gyaltsen Gyari, representante do Dalai lama, disse que depois de Fevereiro houve houve um maior entendimento entre ambas as partes.