apesar dos últimos acontecimentos políticos no país, que levaram à demissão do Presidente Omar al-Bashir, a crise humanitária continua a agravar-se e a afetar cada vez mais pessoas
apesar dos últimos acontecimentos políticos no país, que levaram à demissão do Presidente Omar al-Bashir, a crise humanitária continua a agravar-se e a afetar cada vez mais pessoas a secretária-geral adjunta das Nações Unidas para os assuntos Humanitários, Ursula Mueller, alertou esta semana para o agravamento da situação humanitária no Sudão, manifestando particular preocupação com a proteção dos civis na zona do Darfur, onde prosseguem os confrontos. O país tem vivido nas últimas semanas uma série de protestos sociais, que levaram à demissão do Presidente Omar al-Bashir, há quase 30 anos no poder e acusado de crimes de guerra e contra a humanidade pelo Tribunal Penal Internacional, mas estes acontecimentos não levaram ao abrandamento da crise humanitária. Segundo o Programa alimentar Mundial (PaM), atualmente, 5,8 milhões de sudaneses sofrem de insegurança alimentar, em comparação com os 3,8 milhões do ano passado. E as previsões apontam para um agravamento da situação nos próximos meses. Para Ursula Mueller, para assegurar que as pessoas mais vulneráveis recebem ajuda, é necessário um acesso humanitário contínuo. Nesse sentido, pediu ao governo sudanês que tome mais medidas para facilitar o trabalho das equipas humanitárias.