Os estudantes da zona norte da Costa do Marfim, controlada pelos rebeldes, viram a sua educação interrompida durante o conflito. Voltaram agora a sentar-se para exames depois de dois anos de espera.
Os estudantes da zona norte da Costa do Marfim, controlada pelos rebeldes, viram a sua educação interrompida durante o conflito. Voltaram agora a sentar-se para exames depois de dois anos de espera. Depois de anos de incerteza para mais de 90 mil estudantes, começaram os exames orais no norte do país esta segunda-feira, estando presentes professores de todos o país, assim como observadores da Fundos das Nações Unidas para as Crianças (UNICEF) e da missão das Nações Unidas (ONU) no país. Os testes escritos vão decorrer de 2 a 4 de Março.
alguns estudantes e pais frisaram que depois de uma interrupção tão grande foram apanhados de surpresa pelo anúncio do governo há apenas duas semanas. Os professores já começaram a dizer que os resultados iniciais são bastante fracos, o que é perfeitamente compreensí­vel depois de mais de dois anos de espera e incerteza.
Desde 2004 que os exames estavam em espera devido ao golpe de estado que deixou o país dividido em dois, com o governo a controlar o sul e os rebeldes a controlar o norte. Em 2005 mais de 93 mil alunos tinham pago a matrí­cula e esperavam os exames finais para concluir a secundária, mas o governo achou que era demasiado perigoso enviar professores ao norte para vigiar os exames.
Os professores, juízes e trabalhadores civis abandonaram os seus trabalhos no norte depois do início da guerra, dirigindo-se para o sul onde os serviços públicos continuaram a ser pagos. as escolas do norte continuaram a funcionar com a ajuda de professores voluntários. Os rebeldes criticaram o governo do presidente Laurent Gbagbo por não organizar os exames nacionais no norte, atitude que chamaram de “genocídio cultural”.