Setor da habitação a nível mundial emite quase um terço das emissões globais de gases de efeito estufa e usa até 40 por cento dos recursos totais do planeta. Nações Unidas pedem novas abordagens ao problema
Setor da habitação a nível mundial emite quase um terço das emissões globais de gases de efeito estufa e usa até 40 por cento dos recursos totais do planeta. Nações Unidas pedem novas abordagens ao problema O Programa das Nações Unidas para o Meio ambiente (PNUMa) está preocupado com o rápido processo de urbanização, sobretudo no continente africano, e pede aos especialistas e aos governos que procurem novas soluções para reduzir o impacto ambiental no setor da habitação. O design inteligente é a única maneira de atender às necessidades de habitação e permanecer dentro dos limites do planeta. À medida que o setor da habitação cresce, é necessário reduzir o seu impacto ambiental e não aumentá-lo, alerta Joyce Msuya, diretora executiva do PNUMa. as principais preocupações estão centradas em África, onde cada vez mais pessoas se deslocam para a cidade à procura de emprego, educação e saúde. Muitas destas pessoas, segundo o PNUMa, acabarão a viver em assentamentos informais, numa altura em que se estima que haja 200 milhões de africanos a residir em bairros improvisados, muitas vezes sem acesso a energia e a saneamento. Para dar uma ajuda na busca de soluções, o PNUMa, em conjunto com o Programa das Nações Unidas para os assentamentos Humanos, ONU-Habitat, e o Centro Yale para Ecossistemas na arquitetura, desenvolveu um projeto que está em exibição na sede da organização, em Nairobi, no Quénia, e assenta no uso de biomateriais. a estrutura modelar, feita a partir de bambu biodegradável, mostra como os resíduos pós-agrícolas, como bambu, arroz, soja e milho, podem ser transformados em materiais de construção. adicionalmente, o projeto recorre a energia solar e a sistemas de água que tornam as casas autossuficientes e não poluentes, com zero emissões de carbono.