a iniciativa «Mochila solidária» tem contado com grande adesão das escolas e catequeses portuguesas. Em Olhão, os alunos reuniram mais de seis dezenas de mochilas recheadas de material escolar, que serão carregadas num contentor no final do mês de abril
a iniciativa «Mochila solidária» tem contado com grande adesão das escolas e catequeses portuguesas. Em Olhão, os alunos reuniram mais de seis dezenas de mochilas recheadas de material escolar, que serão carregadas num contentor no final do mês de abrilas crianças e adolescentes que se encontram entre o quinto e nono ano de escolaridade no agrupamento de Escolas Professor Paula Nogueira, em Olhão (Faro), ofereceram 63 mochilas recheadas de material escolar para estudantes desfavorecidos de São Tomé e Príncipe, que frequentam a Escola Mãe Clara, onde estudam cerca de 1. 200 crianças do primeiro ao segundo ciclos do ensino básico.

a escola alvo da ação de solidariedade Mochila solidária, integra o Projeto de Desenvolvimento Integrado de Lembá (PIDL), administrado pela congregação das Irmãs Franciscanas Hospitaleiras da Imaculada Conceição. as ofertas dos alunos portugueses foram entregues ao representante do projeto, no final da última semana.

Vi professores a pegarem num caderno de 80 folhas, desagrafarem-no e fazerem dois. Vi professores a partirem um lápis em três para dar para três alunos. Se vos perguntar quantos lápis vocês gastam durante um ano letivo ultrapassa os quatro. E eles, com aquele pedaço de lápis, têm de aguentar todo o ano, não partem, não afiam à toa, disse aos alunos solidários Nuno Rodrigues, sacerdote espiritano, que se deslocou à escola acompanhado de Paulinus anyabuoke, da mesma congregação.

O sacerdote explicou aos alunos portugueses que as crianças que receberem o material doado vão reparti-lo com três, ou quatro ou cinco colegas ou com os irmãos em casa. aos mais novos, Nuno Rodrigues disse ainda que os alunos que vão beneficiar com este gesto solidário acordam às 05h00 e caminham descalços cerca de sete quilómetros até à escola.

Começava a dar as minhas aulas às 07h30 e percebia que no primeiro tempo as meninas e alguns rapazes desmaiavam, uma vez que iam para a escola em jejum porque não tinham pequeno-almoço para tomar em casa. O sacerdote revelou ainda que foram agora enviadas para São Tomé e Príncipe 35 bicicletas novas, doadas por uma cadeia de lojas e, acrescentou que está a organizar uma angariação de plasticinas para levar no próximo verão.
as mochilas deverão ser carregadas num contentor a 29 de abril. Vocês não vão imaginar a alegria. Eles não vão ver se é de marca. Vão abrir, vão ver o que é que tem e vão estar sempre a dizer uma palavra, felizes com os olhos a brilhar: obrigado! Em declarações ao jornal diocesano “Folha do Domingo”, Nuno Rodrigues explicou que tem existido uma grande adesão à campanha Mochilas solidárias, por parte das escolas nacionais, mas também de catequeses paroquiais.