Nos países de baixos rendimentos apenas uma em cada cinco crianças frequenta o infantário. Em todo o mundo, apenas metade dos menores em idade pré-escolar estão inscritos numa escola
Nos países de baixos rendimentos apenas uma em cada cinco crianças frequenta o infantário. Em todo o mundo, apenas metade dos menores em idade pré-escolar estão inscritos numa escola O primeiro relatório global do Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) dedicado à educação pré-escolar conclui que cerca de metade das crianças em idade pré-escolar não frequentam a escola – o que equivale a 175 milhões de meninos e meninas – e destaca a falta de investimento da maioria dos governos neste ciclo de ensino. Segundo do documento, a situação é mais grave nos países de baixo rendimento, onde apenas uma em cada cinco crianças está matriculada no ensino pré-escolar, uma realidade que significa uma perda de oportunidade agravando as desigualdades desde o início da vida. Isto porque, de acordo com os dados recolhidos, as crianças que tenham frequentado, pelo menos, um ano da educação pré-escolar têm maior probabilidade de desenvolver as competências necessárias para terem sucesso escolar. Por outro lado, estes menores são menos propensos a perder o ano ou a abandonar a escola e, portanto, mais capazes de contribuir para sociedades e economias pacíficas e prósperas quando atingirem a idade adulta. O nível de rendimento familiar, o nível de educação dos pais e a localização geográfica são apontados como os principais fatores para o acesso ao ensino pré-escolar, com especial incidência na pobreza, que é um fator determinante para afastar as crianças do infantário. Em 64 dos países analisados, por exemplo, verificou-se que as crianças mais pobres têm sete vezes menos probabilidades do que as crianças das famílias mais ricas de participar em programas de educação na primeira infância. Em comunicado, a diretora executiva do UNICEF, Henrietta Fore, realça que a falta de investimento mundial na educação pré-primária afeta negativamente a qualidade dos serviços e apela aos governos que garantam o acesso universal a pelo menos um ano de educação pré-primária de qualidade e a transformem numa parte habitual da educação de todas as crianças, especialmente das mais vulneráveis e excluídas.