Governante mantém as críticas às demarcações de terras indígenas no Brasil e admite estabelecer uma parceria com os Estados Unidos da américa para a gestão do território amazónico
Governante mantém as críticas às demarcações de terras indígenas no Brasil e admite estabelecer uma parceria com os Estados Unidos da américa para a gestão do território amazónico O Presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, reafirmou esta semana a intenção de rever os processos de demarcação das terras indígenas e admitiu estabelecer uma parceria com a administração norte-americana para a exploração da amazónia. as demarcações de terra que eu posso rever, vou rever, assegurou o governante, questionando alguns relatórios que permitiram a delimitação das reservas indígenas no país. Em entrevista à rádio Jovem Pan, Bolsonaro disse existir uma política errada sobre a amazónia e reiterou que a suposta indústria de demarcações de terras indígenas iniciada em 1992, durante o governo do ex-Presidente Fernando Collor de Mello, impede o desenvolvimento daquela região. Setenta por cento dos índios têm a nossa cultura e querem o desenvolvimento da terra, sublinhou o Chefe de Estado, acrescentando que os indígenas e os descendentes de escravos deveriam poder vender ou explorar as suas terras como considerarem melhor. Um dos primeiros atos de Bolsonaro como Presidente foi transferir a responsabilidade sobre as demarcações de terras indígenas do Ministério da Justiça para o da agricultura que, historicamente, defende os interesses dos grandes proprietários de terras. a medida foi fortemente criticada por organizações não governamentais, mas o governante acusou estas instituições de explorarem e manipularem os índios. Jair Bolsonaro mencionou ainda a riqueza mineral do estado de Roraima, localizado no norte do país e que faz fronteira com a Guiana e a Venezuela, e revelou ter falado com o Presidente dos Estados Unidos da américa, Donald Trump, sobre o seu desejo de explorar a região amazónica em conjunto com os norte-americanos.