a entrada de ajuda humanitária no país tem assumido um papel fundamental na disputa pelo poder, iniciada em janeiro passado, entre o Presidente Nicolás Maduro e o líder da oposição, Juan Guaidó
a entrada de ajuda humanitária no país tem assumido um papel fundamental na disputa pelo poder, iniciada em janeiro passado, entre o Presidente Nicolás Maduro e o líder da oposição, Juan GuaidóEspecialistas da Universidade Johns Hopkins e da organização não governamental Human Rights Watch elaboraram um relatório conjunto sobre a crise política, económica e social na Venezuela, onde defendem uma resposta de emergência humanitária de grande escala, liderada pelas Nações Unidas. a combinação de escassez de medicamentos com escassez de comida, somada à propagação de doenças através das fronteiras venezuelanas, representa uma emergência humanitária complexa que requer uma resposta contundente dos atores humanitários da ONU, afirmam no documento. Dados recentes, divulgados pelas agências humanitárias, indicam que quase 25 por cento da população venezuelana – cerca de sete milhões de pessoas – estão a precisar de ajuda urgente. Mas a entrada de apoio humanitário tem sido precisamente uma das partes centrais da disputa pelo poder entre Nicolás Maduro e Juan Guaidó. O colapso absoluto do sistema de saúde da Venezuela, combinado com a escassez generalizada de alimentos, está a aprofundar o calvário que vivem os venezuelanos e a colocar mais pessoas em risco. Precisamos da liderança da ONU para contribuir para o fim desta grave crise e salvar vidas, realça Shannon Doocy, professora associada de Saúde Internacional da Faculdade Bloomberg de Saúde Pública da Universidade Johns Hopkins.